terça-feira, julho 13, 2010

Durma com Suzana e amanheça cheia de histórias...




Imagine: Você convida uma “amiga” para dormir na sua casa, sob o combinado de assistirem a um filme. Gentilmente, você compra uma coca-cola, põe na geladeira e tal, liga o som e põe um Cd de lounge e oriental music - afinal, a semana foi pesada e você precisa relaxar - quando a cidadã simplesmente vira pra você e diz: "- ai, tira essa música, isso é bom pra dormir”.

Tudo bem. Você é uma pessoa educada. Muda-se a música.

Ato contínuo, você diz:

"Eu comprei coca-cola, quer?”.
E quando a indivídua toma o primeiro gole, você ouve:

"Essa coca-cola tá com gosto de pepsi!”.

Aí você pensa: não, ela não é chata, é apenas um pouco exigente. No fundo, no fundo, é um garota legal!

E a noite segue!

Até quando ela diz que não vai dormir na sua casa, pois tem compromissos amanhã cedo, mas que vai ver o filme até tarde com você. Aí você pondera e diz:

"Olha, aqui é um lugar em que dá muito assalto à noite. Não penso que será boa idéia você sair daqui às tantas da manhã... Inclusive porque, aqui, ultimamente tem aparecido gente desconhecida no bairro, tocam as campainhas de madrugada....”.

E a sujeita muito inspirada diz:

"Sabe qual é o seu problema? É que você não vive a vida. O que tiver de acontecer, acontece. Eu já cansei de chegar aqui de madrugada, bêbada, sozinha e tô aqui até hoje!”.
(AÍ você se arrepende de tê-la convidado, mas agora já é tarde. )

E ela continua...

“A vida é pra viver”.
“Você é muito velha”.
“É só você abrir a porta que eu saio sem medo nenhum”
“Eu sou cria da madrugada. Já curti horrores na madruga”.
“Quanta palhaçada“.


E no meio do discurso ofensivo da moça educada, a campainha toca.
Você olha pro relógio e diz: “Eu tenho certeza de que não estou esperando ninguém mais além de você”.
Novamente. E mais uma vez. Insistentemente.

“- Olha, vou lá embaixo ver quem é, ok?!”
“- Você tá louca? Não, não vai não, é muito perigoso mesmo. Você tinha razão”.
“- Ué, cadê a pessoa que disse que se eu abrisse a porta, sairia sem problema algum, que o meu problema é não viver a vida e tê, tê, tê, tá, tá, tá?.”
“- Olha, me desculpa. Não vai não, a gente não sabe quem é, né?!. Desculpa, desculpa, mas não desce não.”
“- Agora eu vou sim e você vai comigo”.
“- Eu?”
“- Não. Minha avó. Anda logo, sua covarde!”.

E quando se olha da fresta da porta, encontra-se do outro lado um amigo que passava por perto e resolveu vir buscar um Cd que eu havia prometido.

“- Ufa, Erick, você deu um susto na gente, né, Suzana?”.
Olhei pra trás e cadê Zuzana?
“- Zuzanaaaaaaaaaaaa”.
E lá vem ela descendo as escadas, de branca ficou azul e dizendo:
“- Pô, cara, você pregou um susto na gente. Aí, aproveita que você tá aqui e vamos ali no bar comprar cigarro comigo?”.

Cara-de-pau, não?

“-Suzana, querida, o Erick já está de saída, ele só veio buscar um Cd. Além disso, ele está com a namorada”.
“-Ah, mas é rapidinho”.
“-Nãooooooo, Suzana, ele está com a namorada e não vai a bar algum com você“.
“-Tchau, Erick!”.
“-Tchau, Fah!”.

E tudo volta ao normal. Ou quase.

A moça corre direto para o banheiro e de lá grita que acabou o papel higiênico.
“-Pode pegar no armário”.
“-Pô, pega aí pra mim”.

O quê?!!!!!!!

“-Querida, levante-se um pouquinho, estique o braço que você consegue”.
“-Pô, cara, tá de sacanagem, pega o papel pra mim”.

Onde eu amarrei minha vaca?!!!!!!!!!
Bem, o susto deve ter borrado a moça toda. Vamos dar um desconto. Vamos ajudá-la.

“-Pronto, querida, estou aqui. Vamos lá. Primeiro vamos acender a luz. Agora vou fechar meus olhinhos, e vou pegar o papel no armário pra você”.

“-Ah, tava aqui o papel higiênico? Eu pensei que tava no armário da cozinha”.
“-Não, querida, lá se guarda papel toalha cuja finalidade é bem distinta do papel higiênico”.

(Risos mais que sem graça)

“-Eu não vi que aqui tinha armário porque eu não acendi a luz”.
“- Ai !!

E a madrugada segue.... Na sala....

“- Hum, nossa, você tem licor CUARENTA Y TRES ?”
“- Tenho, Suzana, porque?” (Eu já tava deixando de ser tolerante...)

“-Ah, porque esse licor é muito caro!”
“-RS.. Sim, mas eu tenho, ué e daí?”

E sem me pedir autorização, a pessoa abre o bar, pega uma tacinha e enche um tantão assim do tal licor...

- Hum, que delícia! “

E me medindo de cima em baixo, a dita cuja fez a pergunta que não podia faltar:

“Mas você comprô ou você ganhô ?”
“- kkkkkkkk”

Ah, não, paciência tem limite! Chega!!
Suzana, pegue as suas coisas e saia da minha casa agoraaaaaaaaa!! Right Now !!
“-Como é que é?”

“-Isso mesmo que você ouviu!”

“-Ah, mas olha eu vou te dizer uma coisa: você é muito grossa, péssima anfitriã!”

-Ãnnn ?? Eu ??

-É, você, sim, desde que eu cheguei na sua casa você não soube me deixar à vontade, você não sabe receber uma visita!

“-Ãnnn?? Como assim ?”

“-Quer saber, vou embora mesmo que é melhor pra mim. Deixei de sair com outras pessoas e vim pra cá pra sua casa pra ser destratada!”

“-Ãnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn ??

“-Abra essa porta que eu vou embora.“

“-Ok, Suzana, você venceu.”

“-E não me procure mais, ok??!!”

...É pra rir??

“- Ok, Suzana, com muita dor no coração, eu respeitarei sua vontade!”

“- Acho bom!”

Ai....Que noite !...

2 comentários:

Gabriela disse...

Puta que pariu hein!!!
isso que d+a em vez de me convidar fica convidando essas malacabadas por ai !!!!

ta vendo so !!
bj gaby

Bel Faria disse...

Parabéns por ter sido tolerante, certamente eu não teria aguentado tanto! Hahahaha.
Por isso, eu voto no conselho da nossa amiga Rafaela; " o melhor exercício da vida é ser seletiva!"

;)

Beijos!